Neste domingo
(17/01), na contramão do que pensa algumas autoridade do país, e quase que por
ironia do destino, as primeiras brasileiras serem vacinadas guardam as
principais características da maioria da população. Após o anúncio pela ANVISA aprovando vacinas de Oxford e Sinovac
para uso emergencial, ambas desenvolvidas com os dois maiores institutos de pesquisa
brasileiro, Fiocruz e Butantã, respectivamente, uma mulher indígena e outra
negra, são as primeiras vacinadas.
A técnica de
enfermagem, indigina, Vanuzia Costa Santos, 50, mora na aldeia multiética
Filhos dessa Terra, localizada no bairro Cabuçu em Guarulhos-SP e a enfermeira Monica Calazans, negra, moradora de Itaquera-SP, com perfil de alto
risco para complicações da covid-19. Ela é obesa, hipertensa e diabética.
As profissionais de enfermagem simbolizam a luta e a dedicação de todas
as categorias da saúde na luta e no combate aos agravos da Covid-19. A escolha
de ambas, simboliza o reconhecimento as mulheres, indígenas e negros deste
país, que nos últimos ano tem sido vitimas de violência física e racismo.
A ação de iniciar a imunização, demonstra a importância do SUS, que através
da ANVISA, reconheceu o papel e lugar da ciência. Com esse marco inicial, o Brasil respira
aliviado por ter iniciado sua campanha de vacinação e poder iniciar sua luta
contra o inimigo mortal, o Corona Vírus. Cabe agora, aos responsáveis pelo país
uma efetiva ação estratégica e logística para aquisição e distribuição de
insumos e dos imunizantes, pois quanto a aplicação da vacina, milhares de
profissionais de enfermagem, nas cerca de mais de 36 mil Salas de Vacinas espalhada
por todos os estados, patrimônio do SUS, aguardam para cuidar da população.
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*Jornalista, Auxiliar e Técnico de Enfermagem, Licenciado em História, Bacharel em Direito.
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