PRECONCEITO: Devido a Ômicron o governo brasileiro fecha fronteiras aéreas apenas para os países africanos

Foto Web: Ilustração

Anúncio de mais uma variante do Coronavírus, causador da Covid-19, feito pela África do Sul, além do medo de uma nova onda mundial da pandemia, também mostrou como o preconceito está presente em nossa cultura. A nova cepa foi descoberta e anunciada ao mundo pela África do Sul, país que sofre, devido o preconceito, restrições pela descoberta e anuncia da nova cepa viral. No entanto, a Ômicron foi anunciada a partir de países onde a cobertura vacinal ainda é muito baixa e atinge apenas cerca 24% da população.

Diante desta constatação e do esforço que a África do Sul vem fazendo para mapear o genoma do coronavírus, esforço esse que fez com que ela anunciasse ao mundo essa nova variante e, devia ter recebido da comunidade internacional o respeito e incentivos para aumentar a cobertura vacinal e melhor seu parque de pesquisa, do contrário, amargou o preconceito histórico e viu suas fronteiras aéreas serem fechadas, como forma de condená-la a isolamento. O Brasil fez o caminho mais fácil e, ao invés de mapear o brasileiro que foi infectado e chegou ao Brasil, preferiu colocar a África do Sul e outros países africanos na zona de exclusão, fechando seus aeroportos aos viajantes vindos daquela região.

As informações apontam que pelo menos 12 países já registraram positivos para Covid-19 com a nova variante, mas o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou que o Brasil fecha suas fronteiras aéreas para seis países da África por causa de uma nova variante do coronavírus. Dos países que já registraram casos, temos: África do Sul, Alemanha, Austrália, Bélgica, Botsuana, Holanda, Hong Kong, Israel, Itália, Reino Unido e República Tcheca, desses países, apenas 02 estão no continente africano.

Com o olhar preconceituoso para os países da África, não se viu nenhum movimento por parte das autoridades em fechar as fronteiras aéreas para Europa e Oriente Médio, ou de efetivação de medidas eficazes para combater as novas ondas, que conforme os especialistas apontam apenas um caminho, a cobertura vacinal da população e, neste aspecto, o que os países ricos devem fazer é acelerar o processo de entrega das doações aos países africanos, para que estes melhorem suas coberturas vacinais aos níveis seguros para população mundial. Enquanto todos não estiverem vacinados, não estaremos seguros.






Edson Gomes
Auxiliar/Técnico de Enfermagem
Especialista em História e Direito Administrativo



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